quarta-feira, 23 de março de 2011

Poemas em Pele


Descompassa-se o compasso
na pele imaculada,
na tez te desenho os meus poemas
que tu mais que ouvir
inalas.
Pára e pressente-me,
sou Eu que te corro nas veias,

Soberana.

Instigo te a
eternizares-me numa tela que só tu verás.
Lê-me sem metáforas
porque em ti tudo é verso desalinhado
e proferido no gemido calado das rimas...
Até o silencio entre nós é melodia agonizante.
Eu danço e tu observas
eu escrevo-te e tu desenhas-me.
Há noites frias e poemas que se querem eternos
e... no entretanto a tua pele é
tingida de linhas perfeitas e quentes
porque sou Eu que moro nela.

Sou eu que a escrevo
 e
és Tu que me marcas.


...

domingo, 20 de março de 2011

Em teu nome...


Repete o meu  nome usando toda a poesia que em ti  Eu desperto.
 Faz do meu nome, um hino de paixão e desejo de posse e território!
"Tu és minha...."
Sou...sendo plenamente
numa suave movimentação em ritmo descompassado, Doce... toca-me de novo e faz-me gatinhar assim...

E, o meu nome nos teus lábios
molha-me intempestivamente os sentidos
e
tu sabes como é...                   :)
É a viagem sem retorno
com regresso certo a nós,
ao nosso território defendido com
sangue,
melodia
e
desalinho.
Diz,
grita,
 sussurra,
 geme
 e dá ao meu  nome
um outro principio.

(o teu)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Adaga...


Beijos que quebram tabus e mãos que rompem medos antigos (há que dar lugar aos novos).
A cadeira, as velas e o desconhecido, a coragem e o espírito.
Tudo se conjuga mas tudo se muta diante dos olhos vendados da presa que se deixou caçar.
Exposição ao desejo, o desejo do frio da lâmina que é sentida fria, gelada na pele pedinte ...
A madeira que range aos passos vagarosos mas antecipantes, e o cheiro, o teu cheiro que inebria os poros de luz, e a cadência do olhar que quero meu, translucidamente perfeito.
Calo no ultimo minuto a dúvida: a dúvida da solitude em tudo isto.
Calo no ultimo segundo o grito que desfiro porque to quero dar nesse beijo toda a perdição duma entrega sublime,
A pele marcada
A lamina usada
A venda rasgada
A cadeira permanece
e o chão que (nos)recebe.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Inevitabilidades...


é...por vezes até o mais longo jejum pode ser quebrado com um ponto final.
Quem diria que o vinho te enebria eu te reactivo o "Nós", esse "´Nós" que te confunde tanto por maior que seja a lente...
Tudo é sem nada ser e tudo aquilo que vês nem o copo do melhor vinho te poderia fazer sentir.

ah
e um brinde a Nós
frutado como eu
encorpado como tu


:)