Descompassa-se o compasso
na pele imaculada,
na tez te desenho os meus poemas
que tu mais que ouvir
inalas.
Pára e pressente-me,
sou Eu que te corro nas veias,
Soberana.
Instigo te a
eternizares-me numa tela que só tu verás.
Lê-me sem metáforas
porque em ti tudo é verso desalinhado
e proferido no gemido calado das rimas...
Até o silencio entre nós é melodia agonizante.
Eu danço e tu observas
eu escrevo-te e tu desenhas-me.
Há noites frias e poemas que se querem eternos
e... no entretanto a tua pele é
tingida de linhas perfeitas e quentes
porque sou Eu que moro nela.
Sou eu que a escrevo
e
és Tu que me marcas.
...