
Eu cá por mim acho que daria imenso jeito termos no nosso plano de vacinação uma vacina anti-amo-te. E que fosse condição extrema para as relações emocionais, exemplifico:
ele : olha querida és linda, és um sonho de mulher , e eu...
Já imaginaram o que seria uma vacina que nos prevenisse da desilusão de perdemos tal termo? Algo que nos evitasse a angústia da perda, que nos remedia-se a culpa, que nos anestesiasse da dor e mais ainda que nos evita-se o sofrimento extraordinário que ocorre quando nos enfiam uma faca directamente no coração e a retorcem no exacto momento em que nos dizem: amo-te.
Sim porque o "amo-te" até se diz na hora despedida, quem já não ouviu "...amo-te, mas". Um vacina que nos causasse surdez aquando do "mas". Era de génio.
Nunca se usou e abusou tanto desta singela e à partida inofensiva palavra como hoje, ela serve para tudo...mas basicamente a grande função é a de manipular quando existe um interesse guardadinho bem no fundo do cerebro da pessoa que a diz.
Não faltam indicações emocionais para os danos que a falta da milagrosa vacina nos causa.
Mmmm falta de apetite (que até dá jeito) a insónia que nos assombra todas as noites. Que bom seria eu ter injectado no meu sistema e me imunizado de tal privação. Mas não, estamos destinados a enfrentar a doença que a palavra "amo-te" nos causa a sangue frio e com carinha de heroínas.
Que bom seria sairmos da situação complicada em que nos metemos com a nossa auto-estima intocável, com a nossa lucidez intacta.
Que se faça essa vacina, a nossa saúde emocional estaria muito mais protegida.